14 de setembro de 2019

Alto número de demissões na Rede Estadual de Saúde preocupa Trabalhadores e Pacientes!

Até bem poucos dias atrás os profissionais de saúde que trabalham nas Upas e Hospitais do Estado trabalhavam em relativa paz, pois embora não sejam concursados tinham a consciência que se cumprissem seus horários e fizessem seu trabalho conforme a lei e o contrato continuariam em seus postos de trabalho.
Muitos trabalhadores já estão atuando nessas Unidades de Saúde há mais de 20 anos, fizeram vários treinamentos, conhecem bem as rotinas, são altamente qualificados, isso reflete diretamente na assistência prestada aos pacientes.
Entretanto já tem alguns dias, cerca de 60 dias que a Secretaria Estadual de Saúde iniciou um processo de demissões em alto número, injustificado, de forma abrupta, o que surpreendeu a todos e está preocupando a sociedade maranhense, pois em muitos Estabelecimentos o número de profissionais já é insuficiente e com as demissões a situação pode ser mais agravada.
Em reunião realizada dia 9 de setembro com todos os Sindicatos representantes de trabalhadores da Saúde, SINFARMA, SEEMA Sindsaúde e SINTAEMA o secretário de saúde explicou sobre a necessidade de reorganização de perfil em algumas unidades que terão os serviços ajustados até para otimizar o atendimento em alguns municípios, durante a reunião o secretário fez uma explanação da situação de algumas Unidades de Saúde e explicou essa necessidade.
Todavia, não é dessa readequação que estamos falando, e as demissões que assustam não estão acontecendo nessas Unidades também, ao contrário, as demissões de que falamos estão ocorrendo em Unidades com alta demanda e que não tem ninguém para substituir os profissionais que saem, o que está afetando diretamente a população, como aconteceu na UPA Itaqui Bacanga.
Existem muitas especulações sobre a finalidade dessas demissões, entre as teorias uma seria para barganhar votos para as eleições municipais, outra que uma nova empresa entraria no lugar da empresa que está gerindo esses hospitais e que essa empresa atual iria dar um calote trabalhista nos funcionários, como aconteceu com a ICN, CORPORE e Biosaúde, esta desviou 40 milhões dos cofres públicos da saúde. Mas, seja qual for a razão, é preciso a SES analisar e rever essas demissões em massa, é preciso também estabelecer um diálogo que seja fundamentado na racionalidade, pois isso está gerando instabilidade nos ambientes de trabalho, uma vez que os funcionários estão de plantão e muitos simplesmente são surpreendidos, convidados para uma “conversa” e dali já estão demitidos sem razão pra isso.
Os profissionais mobilizam-se e organizam-se junto à suas Entidades Sindicais para que haja esse entendimento com a SES o mais breve sobre esse assunto e se encontre uma solução para essa triste situação que não é boa nem para pacientes nem para trabalhadores.

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